No poço onde o rebanho bebia,
Jacob conheceu Raquel,
bela de porte, bela de semblante,
e por ela se apaixonou.
Só depois surgiu Lea,
que tinha os olhos ternos...
E Jacob nada tinha,
teve que trabalhar pra Labão.
O jovem amou Raquel,
trabalhou sem soldo,
sete anos mais sete;
foi escravo por Raquel,
mas com Lea se casou.
Raquel era desejo; Lea, realidade.
Raquel, sonho que estimula e move;
Lea, o trabalho que realiza,
traz ao mundo as sementes de Israel.
Uma é jovem; a outra, madura,
Uma, a preferida; a outra, preterida.
Raquel é amada; Lea é mulher,
a continuidade - vejam o filho: Re’u’ben
o primogênito: Ruben!
Oh, pobre Israel!
Foi sonhar com Raquel
e despertou com Lea!
Porque a vida é assim,
realidade e sonho.
Ouve, Israel! São todas iguais!
Um pouco Lea, um pouco Raquel;
Por isso não se assuste
se hoje acordar com Lea,
tendo ontem dormido com Raquel!
Nenhum comentário:
Postar um comentário