Foi assim que o irmão Salva, Salvador, chegou com o amigo e radialista Eli Israeli, que trouxe, dentre outros, Arik Einstein, a maior figura da música israelense, e Mati Caspi, que difundiu a música brasileira em Israel, para o terreiro da família Barzellai no Kibutz Bror Chail. Aí se iniciava toda a tradição da música brasileira nesse Kibutz, e Dani era parte integrante da batucada, tendo, inclusive, trabalhado nos palcos de Mati Caspi.
Dani gostava das tradições judaicas e estudou em yeshivá (escola religiosa) por um período; sabia de cor todas as rezas e canções tradicionais e era shomer mitsvot (guardava os mandamentos).
Sobressaiu-se no Exército como soldado da unidade de combate Golany, uma das mais prestigiadas no país, onde se formou Oficial das Forças de Defesa de Israel. Conforme depoimento de seus comandantes e colegas, era sempre o primeiro voluntário para as missões que deviam cumprir. Participou como combatente golany na Guerra do Líbano e na Intifada. Depois, serviu miluim (período de serviço militar anual) até o ano de 1989.
Entre agosto e setembro de 1989, quando convocado para o serviço militar anual, na região de Bikat Hayarden, foi feliz da vida, achando que iam ser dias de férias com os antigos colegas de armas, pois era uma região considerada tranquila, fronteira com a Jordânia, no nordeste do país. Mas aqueles eram períodos de Intifadas, e, nesses dias que Dani imaginou tranquilos, recebeu aí o chamado de Deus, tendo sido atingido após o grupo de guarda sofrer um ataque a tiros nessa fronteira... Depois de uma perseguição ao atirador, que veio da Jordânia, morreram ele e seu amigo Rony Hanuka, z"l. Conforme depoimento de outro membro do grupo, Dani partiu imediatamente, sem sofrimento, num Shabat, em 2 de setembro de 1989...
Entre agosto e setembro de 1989, quando convocado para o serviço militar anual, na região de Bikat Hayarden, foi feliz da vida, achando que iam ser dias de férias com os antigos colegas de armas, pois era uma região considerada tranquila, fronteira com a Jordânia, no nordeste do país. Mas aqueles eram períodos de Intifadas, e, nesses dias que Dani imaginou tranquilos, recebeu aí o chamado de Deus, tendo sido atingido após o grupo de guarda sofrer um ataque a tiros nessa fronteira... Depois de uma perseguição ao atirador, que veio da Jordânia, morreram ele e seu amigo Rony Hanuka, z"l. Conforme depoimento de outro membro do grupo, Dani partiu imediatamente, sem sofrimento, num Shabat, em 2 de setembro de 1989...
Dani, que amava crianças, deixou à sobrinha o seu nome, guardando a sua memória na família.
Daniel era filho de Raquel z"l e Emilio Barzellai z"l, e irmão do Salva, Jaime, Carlinhos, Rebeca, Ester, Sarinha, Miri Z"l, Elisa, Mori e de minha amiga Debi Barzellai, que na manhã de Yom HaZikaron de 2020 (Dia da Memória dos soldados tombados nas guerras e das vítimas do terrorismo), me enviou um vídeo emocionante, que contava toda esta história.
Dani Barzellai
יהי זכרו ברוך לעולם ועד
Texto de Raquel Teles Yehezkel
Para Debi Barzellai com carinho
Yom HaZikaron, 28.4.2020
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"Danny 02", de Peter Sela, produzido por Hila Barel, acessado no YouTube em 28.4.2020
https://www.izkor.gov.il/fallen/en_ac2f6a7caa2758ce02db930fe4ea305f
Fotos de jornais israelenses da época





