A casa do filho,
treme ao som do shofar.
Fim do mês de Elul
sem ter se dedicado a boas ações,
nem ao acerto de contas com si mesma.
Agosto, mês do desgosto...
Mergulha com o sol em uníssimo
nas águas do mar de Hertzliya,
a alma lavada.
Duas chalot com castanhas e frutas secas no forno,
bolo de mel assado,
a casa brilha,
noite de Ano Novo desce sobre Israel.
Acende as velas, cobre o rosto com as mãos,
e neste momento solene, vestida para ir à sinagoga,
pensa na irmã que luta pela vida;
uma lista passa-lhe à mente, pessoas que lhe são caras,
próximas e distantes,
e murmura a bênção especial desta noite,
“Que possamos ser inscritos no Livro da Vida
para mais um ano bom e doce...”
Festa das lembranças, do autoexame, da contrição.
A presença dos ausentes.
Alegria contida envolve a mesa.
A bênção do vinho e do pão.
Maçã com mel, para que o ano seja doce,
romãs e lúbias,
para que as bênçãos em nossas vidas e nossos méritos
se multipliquem,
se multipliquem,
sejam fartos e incontáveis como essas sementes,
peixe com a cabeça,
para que sejamos “a cabeça e não o rabo”,
e possamos sobressair como exemplo de justiça;
sobre a cabeça, corta-se folhas de alho-porró,
para distanciar os inimigos...
Risos, alegria solta...
Shaná tová umetuká!
Rosh Hashaná,
dez dias fechados para balanço,
esforço sublime
para selar uma nova página
no Livro da Vida.
“Retorna, oh Israel...”
Yom Kipur -
A vida oferecendo promessa de dias melhores.
Ramat HaSharon, Setembro de 2013
1

